quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Bayonetta

Bayonetta, 2009
Gênero: Hack 'n slash
Plataforma degustada: Xbox 360 (Japan)
Desenvolvimento: Platinum Games
Distribuição: Sega


Quando se cria muita expectativa em torno de qualquer coisa, o mesmo pode se tornar uma grande desilusão, a princípio "Bayonetta" foi assim, parecia um clone de "Devil May Cry", porém, conforme o jogo foi sendo degustado, o mesmo provou que eu estava totalmente enganado.


Item de coleção particular.

Pensei em inúmeras possibilidades que poderiam depreciar o jogo, porém, não tenho argumentos com forte embasamento que digam que "Bayonetta" é ruim. Para você curtir o jogo, é preciso que você aceite a proposta a qual "Bayonetta" se propõe, tudo é exagerado, das piadas visuais a alguns diálogos. A sequência inicial do jogo já traduz tudo o que "Bayonetta" será dali para frente. Por exemplo, Bayonetta sair bailando e atirando como se estivesse em uma pista de dança.

Basicamente o enredo principal se concentra em Bayonetta, uma bruxa desmemoriada, cuja função é lutar contra criaturas oriundas do paraíso e busca informações sobre uma misteriosa pedra cujo poder é uma incógnita, para isso Bayonetta parte para algum lugar da Europa chamado Vigrid. No seu caminho Bayonetta encontra Luka, um jornalista, este jura de pés juntos que a bruxa matou seu pai e quer mostrar ao mundo a sua existência.


O negócio é sentar o dedo nestes safados!

Além de Luka, Bayonetta encontra outra bruxa, chamada Jeanne. Jeanne sabe muito sobre o passado desconhecido de Bayonetta. A princípio Bayonetta tem a ajuda de um gordinho chamado Enzo, é ele quem traz informações sobre a misteriosa pedra e sua possível localização. Para obter itens, técnicas, armas entre outros itens, Bayonetta recorre a um demônio chamado Rodin. Além destes personagens, Bayonetta se depara com Cereza, uma pequena garotinha que chama ela de mãe. Quem é o pai? Bem, deixa pra lá.

Traduções via CRX Translator Tabajara:

Luka: "I'm not your pet. The name is Luka. A name you better remember!"

"Eu não sou seu bichinho de estimação. O nome é Luka. Melhor você se lembrar deste nome."

Jeanne: "What's the matter, sweetie? Afraid of something, are you?"

"O que há, querida? Medo de algo, está?"

Enzo: "At least let me get a drink at Rodin's before you start drilling me."

"Pelo menos deixa eu tomar minha dose no Rodin antes que você comece a me explorar."

Rodin: "Your fights are yours alone. I'm only here to watch my handiwork in action."

"A luta é apenas sua. Estou aqui apenas para assistir meu trabalho em ação."

Cereza: "Mummy is a witch, and witches protect people and are very strong."

"Mamãe é uma bruxa, e bruxas protegem as pessoas e são muito fortes."

Filosóficas frases para citar durante um discurso.

Graficamente o jogo é muito bom, como eu jogo em tevê de tubo não consigo ter noção da real capacidade gráfica que o jogo proporciona, aliás, eu ando e defeco para este quesito, porém, eu seria idiota em não concordar que em uma televisão de alta resolução o jogo fique mais bonito. Os inúmeros detalhes dos personagens, suas vestimentas, seus armamentos, as arquiteturas de fase, inimigos, veículos, chefes, enfim, tudo foi milimetricamente pensado, simplesmente sensacional.

A trilha sonora é muito boa, apesar de não ser de meu total agrado, não possuo argumento algum para depreciar as músicas. Os efeitos sonoros são muito bons, jogar com home theater deve ser uma experiência do baralho, pois, em alguns momentos você é surpreendido com ataques vindo por trás e são precedidos por algum som, logo, com o recurso de uma boa aparelhagem sonora, imagino eu, seja possível ter a sensação que o ataque esteja vindo por detrás de você.

A jogabilidade é o que todo hack 'n slash pede, precisão absoluta, não me lembro de ter uma única falha de comando que não tenha sido cometida por mim mesmo. A câmera do jogo é muito competente, o enquadramento durante as lutas são perfeitas, raramente são criados pontos cegos.

Há os Torture Moves, movimentos acionados quando a barra de magia estiver cheia, a barra de magia são as bolinhas abaixo da barra de energia, o jogo pede para você apertar o comando Y + B quando se está próximo a um inimigo e na tela aparece um botão (X, Y ou B), que você deve apertar igual a um desesperado para causar o maior dano possível no inimigo.





Exemplos de execução dos Torture Moves.

Os Torture Moves variam conforme o inimigo. A barra de magia também serve para executar alguns golpes de maior impacto ou efetuar alguma magia que possibilite um maior auxílio a você. Para você encher esta barra você tem três possibilidades, atacar o inimigo, fazer esquivas perfeitas ou usar algum item.

Toda vez que você toma um dano, a barra de magia diminui. Ao efetuar esquivas perfeitas, em quase todos os níveis de dificuldade, com exceção do último nível chamado Climax, é acionado o Witch Time, onde o jogo entra em slow-motion, menos a sua personagem, e possibilita que você saia atacando seus adversários e cause o maior número de danos em um determinado período.


Witch Time é hora de sentar a porrada.

As armas da sua personagem basicamente são as pistolas, porém você pode obter uma espada, garras, chicote, as armas de alguns inimigos e mais alguma outra arma que não consegui obter. Eu particularmente gosto muito de jogar com a espada, ele arranca um belo talo da energia dos inimigos. Para obter armas adicionais é preciso recuperar discos de vinil durante o jogo.

Há algumas sequências FMV, onde basta ficar ligado no comando que aparece na tela e você apertar rapidamente o botão. Em algumas partes do jogo você pilota uma moto, controla um míssil numa eletrizante fase rail shooting e surfa em um pedaço de fuselagem de avião.

Você pode "criar" os itens de energia, resistência e ataque, achei genial, pois tem um lance de alquimia, ao longo do jogo você obtém itens nas cores verde, vermelho e amarelo, dependendo da combinação que você faz você obtém um determinado item.

Nas telas de loading, há a possibilidade de você treinar alguns golpes e combos, há uma lista no lado direito e basta você seguir a ordem de comandos e o ataque sairá, detalhe interessante, ao lado de cada sequência de golpes há o número de vezes que o ataque foi acionado durante o jogo.


Decora essa sequência porra!

Os chefes de fase são enormes, em alguns casos requer uma estratégia semelhante a "Shadow of the Colossus", ou seja, localizar os pontos fracos para poder derrota-los. Um ponto que eu consideraria negativo é a dificuldade, mesmo em níveis mais difíceis o jogo não se mostra tão complicado, uma vez que ao finalizar o jogo e iniciar uma nova partida, todos os itens da partida anterior permanecem na nova partida.


Quanto maior a altura, maior a queda.

Ao término de cada capítulo, além do cálculo de sua performance, há um minigame chamado "Angel Attack", onde você controla uma mira, quase um FPS, e tem que destruir os inimigos que aparecem no cenário, quanto maior o número de inimigos destruídos, maior a recompensa obtida que pode ser trocada por itens ou ser transformada em crédito para compras junto a Rodin.

Para finalizar, gostaria de dizer que Hideki Kamiya (diretor), Mari Shimazaki (design de personagens), Masami Ueda (diretor de som) e toda a equipe fizeram um trabalho do baralho. Obra prima da Platinum Games sem dúvida, que outrora já haviam feito o fantástico "Mad World". Não tenho nem o que discordar da pontuação dada pela revista Famitsu.

Nota: 100%

5 comentários:

  1. belo review Jorge,nem sabia que o jogo tinha tantos detalhes na jogabilidade, torci o nariz quando anunciaram esse jogo, só comecei a achar interessante depois de ver uns gameplays ( mas ainda acho a protagonista sem muito carisma), bem legal esse lance de criar itens de energia...bom saber que pelo que vc comentou a câmera do jogo é boa, prq se fosse igual a do DMC 4....agora é torcer pra eu comprar um next gen ou jogar na casa de algum colega :D

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  2. Minha nossa, Jorge, tu tá jogando em TV de tubo ainda????
    Eu sei, eu sei, "vc anda e defeca para este quesito"
    Chegará o dia, no entanto, em que vc pegará uma LCD. E vc pensará "putz, e todo esse tempo eu tava subaproveitando meu Xbox 360/PS3".
    Não tem como ter consoles como esses e rodar jogos em tubo... Eu pensava como vc, mas ainda bem que mudei de ideia!

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  3. Minha nossa, Jorge, tu tá jogando em TV de tubo ainda????
    Eu sei, eu sei, "vc anda e defeca para este quesito"
    Chegará o dia, no entanto, em que vc pegará uma LCD. E vc pensará "putz, e todo esse tempo eu tava subaproveitando meu Xbox 360/PS3".
    Não tem como ter consoles como esses e rodar jogos em tubo... Eu pensava como vc, mas ainda bem que mudei de ideia!

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  4. Vou pensar sobre isso Edward, você não é o primeiro que me disse isso.

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  5. O que eu digo sobre LCD/Tubo: joguei o meu jogo num laptop e ele, surpreendentemente, ficou melhor! Eu sempre o achei um monte de colagens xumbrega, agora acho lindo! *_*

    Então imagina um jogo que foi feito pra ser lindão numa tela LCD! O dia em que você voltar a jogar RPG, vai se arrepender de não fazer a transição (porque não vai conseguir ler os textos com letra miúda. :-P).

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