quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Controle arcade para Playstation

Como última postagem do ano, gostaria de dedicar a uma paixão antiga que eu tinha e pude realizar neste mês de dezembro. A aquisição de um controle arcade para Playstation. Eu fiquei realmente extasiado quando o mesmo chegou em casa, pude me satisfazer com jogos de luta e jogos de navinha (shoot’em up) como se estivesse realmente jogando em um fliperama.



Pude reviver quase a mesma emoção de estar num fliperama, com a exceção de estar no aconchego do meu quarto, que mais parece um sebo, ter um belo Playstation 2, rolando Street Fighter 2 e Raiden. Uma beleza só, ainda bem que os loadings são rápidos.
Os fliperamas que eu freqüentava eram botecos podres, um fog que era uma neblina de fumaça de cigarro, lugar escuro, cheirando a mofo e bebida alcoólica. Enquanto a jogatina rolava, o controle melado sabe-se lá do quê, em meio a maloqueirada, garotos ranhentos pedindo “tio, dá uma ficha” ou ainda “deixa eu passar essa tela (round)” e outros sujeitos mal encarados que se perdessem a ficha, era porrada ou ter a máquina desligada.

Não gostava muito dos fliperamas dos Shopping Centers, onde a ficha foi substituída por um cartão, apesar de um ambiente mais familiar, preferia jogar o fliperama nos lugares trashies. Isso sem contar o preço abusivo que era cobrado nas máquinas, uma vez que eu vivia de desviar o dinheiro do pão e do leite para sustentar meu vício.

Pena que os fliperamas estão sumindo, os poucos que restam só possuem jogos que não me agradam, não tenho mais paciência de ficar jogando em pé e ficar sendo desafiado nesses jogos repletos de seqüências de golpes que sugam a sua energia, prefiro cultivar meu "pânceps" sentado na minha cama e jogando os clássicos no consoles, o jogo é o mesmo e agora a sensação de jogatina aproxima-se ao que era antigamente, graças ao meu controle arcade.

domingo, 28 de dezembro de 2008

O Tambor - Die Blechtrommel

Acabo de assistir ao filme “O Tambor”, filme alemão de 1979, e há uma série de simbolismos no filme onde eu acho que devo assistir mais umas duas ou três vezes para entender algumas passagens.

O filme se passa pouco antes da Segunda Grande Guerra, na cidade de Danzig, cidade onde mora muitos poloneses, onde nasce o garoto Oskar Matzerath. Em seu terceiro aniversário, Oskar é presenteado com um tambor, que o acompanhará durante muito tempo. O garoto presencia uma “sujeira” no ar ao notar algo rolando entre sua mãe e seu tio.

A fim de não conviver com isso, Oskar resolve se prender no corpo de uma criança de três anos para sempre, a partir de então, os anos passam e o garoto não cresce mais. Além disso, Oskar possui um grito agudo que estilhaça vidros.

Com o crescimento do Nazismo na Alemanha, o pai de Oskar se afilia ao partido. Sua mãe busca nos braços do amante o amor que seu marido não lhe dá. Oskar apesar de estar preso no corpo de um garoto de três anos que gosta de fica batucando seu tambor, tem sua mentalidade preparada para o mundo dos adultos através da morte, da guerra e do despertar da sexualidade.

Destaque para a cena do comício nazista, onde militares marcham e a banda começa a se desconcentrar mediante os batuques feitos por Oskar até que todos os presentes saem a dançar uma bonita valsa.

Eu jamais pensaria que haveria forma de pescar como a da cena da pescaria na praia. É nojento, mas também é incrivelmente criativo. Será que alguém utiliza essa técnica nos dias de hoje?

Procurando informações na internet, o ator David Bennent que interpreta Oskar só fez esse papel de relevância.

Procurarei informar-me mais sobre as obras do diretor Volker Schlöndorff e das obras do escritor Günter Grass, o qual, O Tambor foi baseado no livro homônimo.

Vendo o trailer do filme no you tube, acabo de descobrir que a versão que possuo do filme é censurada. Mas que droga, vou ter de arrumar uma versão completa.

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A Queda! As Últimas Horas de Hitler - Der Untergang

São exatamente 3:21 da manhã do dia 26 de dezembro de 2008 e acabo de assistir ao filme “A Queda! As Últimas Horas de Hitler”, aliás, título errôneo este, pois o filme se passa em 1945, alguns dias antes da derrota alemã pelas tropas russas, poderia chamar-se Os Últimos Dias de Hitler.

Hitler e seus principais colaboradores estão praticamente presos em Berlim já que os russos avançam em direção ao quartel general de Hitler e durante 12 dias, acompanhamos as desastrosas ações militares, que se mostram ineficazes mediante a falta de soldados e armamentos, o casamento de Hitler e Eva Braun, o suicídio de ambos (e alguns outros), a confiança depositada no führer apesar da visível derrota e tudo isso, tendo como testemunha ocular, a mulher que foi secretária de Hitler, Traudl Junge.

A verdadeira Traudl Junge aparece no longa, no início e no fim, são cenas retiradas do documentário “Eu Fui Secretária de Hitler”. Suas declarações são um pouco polêmicas, pelo menos a mim pareceu. O filme todo, apesar de longo, é muito bom, apesar de ser um filme que fala sobre Hitler, ele é bem imparcial.

Três destaques em minha opinião. A história, que por si só já é muito interessante. Pois o filme humaniza a figura do ex-ditador, não o mostrando como o monstro que a história se encarregou de fazer, mas sim como o homem Adolf Hitler que come, bebe e sofre de mal de Parkinson. O ator Bruno Ganz que interpreta magistralmente o ex-ditador. E a atriz Alexandra Maria Lara que interpreta Tradl Junge.

Site Oficial

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domingo, 21 de dezembro de 2008

Tropa de Elite

Não estranhem se pintar nesse blog, filmes antigos que fizeram sucesso, eu fico com o pé atrás quando o sucesso é muito estrondoso e o filme, jogo ou qualquer coisa que seja não consiga responder as minhas expectativas. Sou muito relutante em conferir tais peças.

Um desses filmes é “Tropa de Elite”, posso confirmar agora, é um filmaço. Melhor filme nacional que eu vi desde Cidade de Deus. Claramente a idéia de que a burguesia, a corrupção policial e a ausência de um sistema eficaz, fazem com que o tráfico de drogas se torne um problema crônico nas favelas cariocas e o BOPE, faz o papel de anticorpo que tentam, na medida do possível, cumprir sua missão, ou seja, limpar as favelas dos maus elementos, tarefa a qual deveria ser de todo policial.

O tema central do filme é a história do Capitão Nascimento (Wagner Moura), membro do BOPE, policial estressado, acaba de ter seu primeiro filho, buscando um sucessor para seu cargo, e vê em dois aspirantes, como possíveis substitutos para seu posto. A história acontece poucos meses antes da visita realizada pelo papa João Paulo II em 1997.

O maior feito desta fita, em minha opinião, se deve ao alto teor realístico apresentado pelo diretor José Padilha, suas tomadas de câmera dá-se a impressão que o telespectador está realmente no local dos fatos.

Surpresa agradável foi de ver a interpretação de André Ramiro, que faz o papel do aspirante André Matias, pesquisando no Wikipedia, acabo por descobrir que Tropa de Elite foi seu primeiro papel como ator, aliás, muito boa interpretação.

Mais agradável ainda foi ver a presença da magrela da Fernanda Machado, aqui interpretando uma estudante burguesa noinha.

Fernanda Machado - Ai ai ai ui ui...


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sábado, 20 de dezembro de 2008

Silent Hill 4 - Playstation 2

Por mais que eu goste de videogame, o tempo de lazer que tenho é muito pouco e normalmente faço outras coisas, e jogar videogame não está entre ela, devido ao grande demanda de tempo que alguns jogos modernos tomam.

Bem, mesmo assim, arrisquei-me a jogar Silent Hill 4 no Playstation 2, pois, essa série, junto com Fatal Frame, são as duas séries que me causam pavor, e eu gosto demais disso.

Demorei quase 8 meses para finalizar o jogo, aproximadamente pouco mais de 20 horas contabilizadas, tentando resolver os inúmeros quebra cabeças e recorrendo uma única vez a um detonado, pois, por 2 meses, fiquei travado em uma parte do jogo.
Resultado, fiz o pior final do jogo, que possui, se não me engano, 4 finais diferentes.

O jogo começa com Henry Townshend tentando descobrir por que se vê trancado no apartamento onde mora, a partir daí, Henry descobre mais sobre o apartamento e podendo “visitar” outras localidades da cidade de Ashfield.

O enredo é muito bom, com algumas citações dos jogos anteriores, um clima muito sombrio, dublagem muito boa, trilha sonora legal e infelizmente, uma câmera horrível.

Por falar em trilha sonora, eu achei demais as músicas escritas por Akira Yamaoka, em especial Room Angel e Cradle of Forest, interpretadas respectivamente por Mary Elizabeth McGlynn e Joe Romersa.

Room Angel


Cradle of Forest


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Diamante de Sangue (Blood Diamond)

Eu comprei o DVD em uma locadora perto de casa e estava querendo assistir a esse filme há algum tempo, porém, nunca foi prioridade minha, pois hoje, aproveitei para colocar no aparelho de DVD e assistir ao filme.

Devo confessar que Leonardo DiCaprio ainda não me convenceu como ator, pois esse lance de deixar bigodinho e barbicha para tirar o ar meio afeminado dele ainda me deixa com o pé atrás quanto aos filmes que ele faz, se bem que eu gostei demais de “Gangues de Nova Iorque”, “Rede de Mentiras”, “Os Infiltrados” e agora este, “Diamante de Sangue”.

Aliás, que puta filme, arrependo-me por não ter assistido antes. A história do filme se passa em Serra Leoa, África, em 1999, onde havia sido instaurada uma guerra entre rebeldes, a FRU (Frente Revolucionária Unida) e o governo.

A economia local apresentada no filme gira em torno do diamante, onde por causa do desejo consumista do ocidente, acaba gerando uma corrida atrás dessas pedras preciosas, e o mercado vê-se manipulado pelos interesses de um grande empresário.
No meio desse bolo todo está Danny Archer (Leonardo DiCaprio) que trabalha como contrabandista, fornecendo armas para guerrilheiros em troca de diamantes, entre outras ações nada nobres.

Por acaso, o caminho de Danny se cruza com o do pescador Solomon Vandy (Djimon Hounsou), e ambos saem em busca de objetivos específicos, mas que necessitam de ajuda mútua. Danny precisa de um diamante raro que foi encontrado por Solomon e Solomon, precisa de Danny para reencontrar sua família.

O que se segue são cenas de guerra civil, belas paisagens e campos de refugiados. O filme causou-me um grande desconforto em ver como algumas dessas jóias tão desejadas por algumas pessoas tem em sua fabricação, desde a extração da matéria-prima, onde se explora trabalhadores que mais parecem ser escravos, até a jóia estar à venda na loja, um esquema tão sujo igualando-se ao do tráfico de drogas.

Uma boa surpresa no filme é a presença da gatíssima Jennifer Connely.

Site Oficial

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Rebobine, Por Favor (Be Kind Rewind)

Primeiramente, deixarei claro meu repúdio às redes de cinema que deixaram “Rebobine Por Favor” fora de suas respectivas redes de cinema, uma vez que o filme “Quase Irmãos”, filme o qual se tem referências diretas à década de 80, entrou em circulação nestas grandes cadeias de cinema.

Logo, para saciar minha vontade de assistir ao filme, tive que escolher entre fazer o download do filme ou ir até a região da Avenida Paulista, que fica absurdamente longe de minha casa, para assistir a essa pérola e fiquei na dúvida.

Optei por fazer o download, mas farei questão de comprar o DVD original quando sair comercialmente nas lojas, pois, o filme é muito bom.

Vamos ao filme, devo admitir que o maior atrativo para a fita seja a presença do ator Jack Black, ator o qual sou fã desde “Alta Fidelidade”, aqui, ele está menos escrachado, mas não menos engraçado.

O filme conta a história de uma humilde locadora, chamada Be Kind Rewind, que aluga fitas VHS em plena era do DVD, o dono da locadora, Elroy Fletcher (Danny Glover), tem que optar entre fazer a reforma da capenga locadora ou se mudar, mediante a pressão da prefeitura.

Na locadora trabalha Mike (Mos Def) e de vez em quando aparece o Jerry Gerber (Jack Black) para importuná-lo. Certo dia, tomando conta da locadora sozinho, Mike se vê em apuros, pois todas as fitas VHS da locadora têm seu conteúdo apagado.
Na tentativa de tentar consertar o desastre ocorrido, Mike e Jerry decidem refilmar os filmes, no melhor estilo sueco, ou seja, refilmagens de orçamento zero e que de alguma forma, acaba ficando geniais de tão ruins.

A partir daí temos refilmagens de filmes como Ghostbuster, A Hora do Rush 2, Conduzindo Miss Daisy, MIB, King Kong, entre muitos outros filmes da década de 80 e 90, nostalgia pura!

Ponto positivo para o diretor Michel Gondry (Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças) que escreveu e dirigiu este filmaço. Este filme Lembrou-me por acaso o clássico "Durval Discos", que eu gosto muito.

Site oficial do filme

Trailer