sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Filmes que Andei Assistindo #16

Segredos de Sangue (Stoker, Reino Unido / EUA, 2013)
Fonte da imagem: IMDb

Sinopse: Com a trágica morte do chefe da casa (Dermot Mulroney) e a inesperada aparição de seu irmão (Matthew Goode) um intrigante jogo de interesse e sedução tem início quando este é convidado a morar com a viúva (Nicole Kidman) e sua filha (Mia Wasikowska)

Impressões: Analisando a parte técnica do filme: fotografia, ângulos, cores etc., temos sim um filme esteticamente perfeito, porém, por se tratar de uma produção norte-americana, não foi possível mostrar toda a voracidade que Park Chan-wook expõe em seus trabalhos, como aqueles feitos em sua terra natal, Coréia do Sul, logo, se lhe falta violência explícita, as metáforas visuais - sutis e complexas, como a da cena do piano - colaboram para construir cuidadosamente as profundas personalidades das personagens, especialmente as do tio e da menina.

Há cenas de nudez.

Nota: 98%


Killer Joe - Matador de Aluguel (Killer Joe, EUA, 2011)
Fonte da imagem: IMDb

Sinopse: Devido a uma dívida com fornecedores de drogas, jovem (Emile Hirsch) decide matar a mãe para receber um seguro de vida e para isso, com a ajuda da família, contrata os serviços de um assassino de aluguel, o tal Joe que dá nome ao filme (Matthew McConaughey).

Impressões: A crueldade nua e crua construída lentamente até atingir um apoteótico - para não dizer caótico - final. Nunca mais comerei frangos fritos da rede KFC com os mesmos olhos.

Há cenas de nudez.

Nota: 98%


Sobrenatural: Capítulo 2 (Insidious: Chapter 2, EUA / Canadá, 2013)
Fonte da imagem: IMDb

Sinopse: Dando continuidade quase que imediatamente aos eventos do filme anterior, a família Lambert se vê em problemas novamente com assombrações, desta vez atingindo mais especificamente o pai da família, Josh (Patrick Wilson).

Impressões: Não tão assustador quanto o primeiro filme, porém com uma boa história, apesar de um leve toque de humor e problemas no roteiro - nada cruciais para a trama -, o argumento desta película consegue trabalhar muito bem os acontecimentos de Sobrenatural sendo inseridos neste Capítulo 2, sendo mais específico, refiro-me ao flashback. Gosto muito do tema incidental com violinos distorcidos, principalmente quando surge o nome do longa-metragem, há um toque retrô. Ademais, o maior problema a meu ver, é a ausência de um demônio primoroso como o do longa anterior. Um filme que explora os mistérios da física em uma metafísica com pitadas sobrenaturais.

Nota: 75%


Rush: No Limite da Emoção (Rush, EUA / Alemanha, 2013)
Fonte da imagem: IMDb

Sinopse: As histórias pessoais de Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth) narradas desde rusgas do passado até o Grande Prêmio de Fórmula 1 de 1976.

Impressões: Emocionante, é a primeira palavra que me vêm à mente quando relembro deste filme. Toda a parte de produção, fotografia, escolha de tons de cores, ambientações e reproduções das clássicas corridas, tudo foi feito de maneira fabulosa, porém, a parte mais tocante é a relação entre os protagonistas, suas vidas entrelaçadas pela paixão ao automobilismo e indo além, uma rivalidade que mistura admiração e ódio. Sem dúvida alguma o longa-metragem conseguiu explorar de maneira extremamente convincente essa estranha amizade.

Há cenas de nudez.

Nota: 99%

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

WE3 - Instinto de Sobrevivência [Resenha de HQ]


Fonte da imagem: Guia dos Quadrinhos

Raramente uma história em quadrinhos me surpreende, quando uma leitura é empolgante, no mais das vezes, o final vai de regular a decepcionante. Não é o caso de WE3 - Instinto de Sobrevivência, que quadrinho foda pra caralho! Uma história envolvente, repleta de ação e bastante emocionante. Se o argumento possui clichês, tudo é compensando com uma arte fabulosa e complexa.

WE3 conta a história da fuga de três animais: um cachorro, um gato e um coelho, de um laboratório de pesquisas militares. Como os bichos são extremamente letais, o exército não quer que essas poderosas armas saiam destruindo tudo por aí, daí se inicia uma perseguição desenfreada.

Fazendo um paralelo esdrúxulo, WE3 seria a versão violenta, aliás, extremamente violenta de Bidu - Caminhos, do selo Graphic MSP. Esdrúxulo, porque WE3 é originalmente de 2004, Bidu é deste ano. Na verdade essa comparação só me veio em mente no decorrer desta resenha, pois assim como o Bidu, cada bicho em WE3 possui uma personalidade, e apesar das falas - sim, os bichos falam, com limitações, mas falam -, mesmo se não houvesse diálogos, seria perfeitamente possível identificar como cada animal se sente, pois o artista conseguiu imprimir feições aos bichos, até mesmo ao coelho, que é uma porta em termos de sensibilidade, veja na vida real, a porra do coelho não esboça expressão alguma, só bate o pé. Fora esse paralelo, tem o lance da perseguição e da fuga, mas enfim, Bidu também é foda pra caralho e espero poder escrever algo sobre ele em breve, ou no ano que vem.

A história de WE3 ficou a cargo de Grant Morrison, que já escreveu uma caralhada de histórias boas, muitas delas publicadas em português Hu3Hu3BR, então posso arriscar a dizer que qualquer trabalho dele é no mínimo bom. A arte ficou a cargo do excelente Frank Quitely, do qual, que eu me recorde, só li Novos X-Men - coincidentemente o roteiro deste também é do senhor Morrison -, que fez uma arte sequencial tão primorosa, repleta de detalhes, uma pena que a edição que li não estivesse bem impressa por conta da impressão fora de registro, em algumas páginas, as notas de tradução são ilegíveis.

Se não me engano, WE3 ganhou prêmio Eisner - uma espécie de Oscar das hqs - de melhor letrista, infelizmente não pude conferir o bom trabalho realizado no original, com exceção de três páginas, cada uma iniciando um capítulo da história, um ótimo trabalho, porém insuficiente para que eu possa dar uma opinião melhor sobre o assunto.

Só sei que terminei de ler WE3 e voltei a folhear a revista do início ao fim só para ficar apreciando a arte, tentando captar o maior número de detalhes, e no dia seguinte - também conhecido como hoje - só fiquei pensando na hq, então, acredito que valha a pena conferir esta obra.

Aproveitando o ensejo, comprei a história em quadrinhos de meu amigo Kollision, que possui um sebo virtual, há muita coisa boa a ser vendida ainda, então para acessar seu site clique aqui.

História: 100%
Arte: 100%
Edição (Panini - dez/05): 70%
Nota final: 90%

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Centurião - Resenha de Filme


Fonte da imagem: IMDb.

Uma legião romana aniquilada em quase toda sua totalidade, uma tentativa de resgate e batalhas sangrentas com elevado grau de realismo, assim é Centurião (Centurion, 2010), filme escrito e dirigido por Neil Marshall. Não gostei muito do Abismo do Medo, mas gosto da direção dele, acho bastante competente.

O filme é relativamente curto - pouco mais de uma hora e meia - e a história é preenchida com belos cenários, ora paisagens cobertas de gelo, em outras pradarias (definitivamente não é daquelas que vende pães).

As batalhas com grandes exércitos são poucas, mas retratam bem como espadas atravessavam corpos e arrancavam nacos de carne, e partiam crânios, pedaços de cabeças voando por todos os lados. As lutas menores são viscerais e bem coreografadas, lâminas adentrando nos corpos e flechas varando-nos.

Os cenários são bem vistosos e as vestimentas bem detalhadas, dando boa credibilidade ao filme. Há boas interpretações, gostei especialmente de Liam Cunningham, seu personagem trás um pouco de alívio cômico.

Apesar de bem produzido em seu início e meio, na parte final o longa-metragem deixa um pouco a desejar pelo seu apressado final, a impressão que tive foi a de que faltaram recursos financeiros para concluir o projeto e foi terminado às pressas.

O que eu gostei: Olga Kurylenko e Imogen Poots.

O que eu não gostei: Dos créditos iniciais e finais, feio demais a forma como foram utilizadas as letras.

Nota: 50%

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Círculo de Fogo - Resenha de Filme


Fonte da imagem: IMDb

Começo esta pequena resenha dizendo: "Que filme foda pra caralho!". Através de um portal nas profundezas oceânicas, uma invasão alienígena é iniciada e monstros gigantes começam a invadir o nosso planeta. Uma maneira que a humanidade encontrou para se defender é criando seus próprios monstros, os tais robôs.

Agora imagine você que isso é contado logo nos primeiros minutos da película, portanto posso afirmar que Círculo de Fogo (Pacific Rim, 2013) possui uma história boa, pois é simples, diverte e onde precisa ser mais complexo é bem claro e didático, por exemplo, na apresentação dos personagens ou na explicação da anatomia de máquinas e monstros.

A passagem na qual é narrada o passado da personagem Mako Mori (Rinko Kikuchi) é feita de uma maneira muito bonita: as ruas vazias repletas de cinzas e a personagem retratada em sua infância, correndo desesperadamente, interpretada pela linda e graciosa atriz Mana Ashida, que expressões fantásticas ela consegue fazer, incrível, realmente incrível.

Os detalhes das máquinas e monstros são fantásticos, porém em alguns momentos a textura da pele das criaturas parecia bastante artificial. Em grande parte na cena em que a dupla de monstros ataca Hong Kong. Pode ser que a utilização do recurso 3d tenha ressaltado esses "defeitos". A impressão que fica é a de um CG (Computação Gráfica) de jogo de videogame.

As interpretações dos atores não variam muito durante o longa-metragem. Algumas passagens evidenciam exageradamente o nível de importância dos protagonistas, como na cena em que Hong Kong é invadida, a impressão de que os personagens estavam pensando "se fodem aí" era perceptível, analogamente, é como se o melhor jogador de um time - de qualquer esporte - estivesse no banco de reservas e só esperando a chance para entrar em campo. Essa falta de sensibilidade aponto como falha no roteiro.

Idris Elba é um bom ator, mas ele poderia falar sem gritar a todo o momento.

Como eu ia me esquecendo da coisa mais importante de Círculo de Fogo?! Refiro-me às lutas entre robôs e monstros! São fabulosas, pois é possível ver o que acontece durante o embate, raros são os momentos nos quais há confusão, ao contrário do que acontece em alguns filmes de robôs transformistas.

O que eu gostei: quase tudo.

O que eu não gostei: da falta de mais temas incidentais.

Nota: 99% ah, que se foda, 100%