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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

WE3 - Instinto de Sobrevivência [Resenha de HQ]


Fonte da imagem: Guia dos Quadrinhos

Raramente uma história em quadrinhos me surpreende, quando uma leitura é empolgante, no mais das vezes, o final vai de regular a decepcionante. Não é o caso de WE3 - Instinto de Sobrevivência, que quadrinho foda pra caralho! Uma história envolvente, repleta de ação e bastante emocionante. Se o argumento possui clichês, tudo é compensando com uma arte fabulosa e complexa.

WE3 conta a história da fuga de três animais: um cachorro, um gato e um coelho, de um laboratório de pesquisas militares. Como os bichos são extremamente letais, o exército não quer que essas poderosas armas saiam destruindo tudo por aí, daí se inicia uma perseguição desenfreada.

Fazendo um paralelo esdrúxulo, WE3 seria a versão violenta, aliás, extremamente violenta de Bidu - Caminhos, do selo Graphic MSP. Esdrúxulo, porque WE3 é originalmente de 2004, Bidu é deste ano. Na verdade essa comparação só me veio em mente no decorrer desta resenha, pois assim como o Bidu, cada bicho em WE3 possui uma personalidade, e apesar das falas - sim, os bichos falam, com limitações, mas falam -, mesmo se não houvesse diálogos, seria perfeitamente possível identificar como cada animal se sente, pois o artista conseguiu imprimir feições aos bichos, até mesmo ao coelho, que é uma porta em termos de sensibilidade, veja na vida real, a porra do coelho não esboça expressão alguma, só bate o pé. Fora esse paralelo, tem o lance da perseguição e da fuga, mas enfim, Bidu também é foda pra caralho e espero poder escrever algo sobre ele em breve, ou no ano que vem.

A história de WE3 ficou a cargo de Grant Morrison, que já escreveu uma caralhada de histórias boas, muitas delas publicadas em português Hu3Hu3BR, então posso arriscar a dizer que qualquer trabalho dele é no mínimo bom. A arte ficou a cargo do excelente Frank Quitely, do qual, que eu me recorde, só li Novos X-Men - coincidentemente o roteiro deste também é do senhor Morrison -, que fez uma arte sequencial tão primorosa, repleta de detalhes, uma pena que a edição que li não estivesse bem impressa por conta da impressão fora de registro, em algumas páginas, as notas de tradução são ilegíveis.

Se não me engano, WE3 ganhou prêmio Eisner - uma espécie de Oscar das hqs - de melhor letrista, infelizmente não pude conferir o bom trabalho realizado no original, com exceção de três páginas, cada uma iniciando um capítulo da história, um ótimo trabalho, porém insuficiente para que eu possa dar uma opinião melhor sobre o assunto.

Só sei que terminei de ler WE3 e voltei a folhear a revista do início ao fim só para ficar apreciando a arte, tentando captar o maior número de detalhes, e no dia seguinte - também conhecido como hoje - só fiquei pensando na hq, então, acredito que valha a pena conferir esta obra.

Aproveitando o ensejo, comprei a história em quadrinhos de meu amigo Kollision, que possui um sebo virtual, há muita coisa boa a ser vendida ainda, então para acessar seu site clique aqui.

História: 100%
Arte: 100%
Edição (Panini - dez/05): 70%
Nota final: 90%

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

HQs e Livros que Andei Lendo #15 - Nêmesis

Neste vídeo apresento uma pequena resenha da história em quadrinhos Nêmesis da dupla Mark Millar e Steve McNiven.

Por falta de atenção minha, não citei o restante da equipe - colorista, tradutor etc - que colaborou com a presente obra, fica registrado neste espaço meus sinceros agradecimentos.


Nêmesis (Panini)
Nota: 70%

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

terça-feira, 31 de maio de 2011

HQs e Livros que Andei Lendo #11


HQs analisadas nesta edição:

Hunter X Hunter #25 - Nota: 80%
Ga-Rei #03 - Nota: 70%
Homem-Aranha #105, 106, 109 - Nota: 70%

Erratas deste vídeo:
A pronúcia correta de Hunter X Hunter é Hantā Hantā.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

HQs e Livros que Andei Lendo #10


Desta vez esqueci de todas as histórias, a mudança de ângulo não fez bem a este que voz fala (escreve).

HQs analisadas de forma bastante precária nesta edição.

Superman # 96, 99 - Nota: 20%
Elfen Lied # 08 - Nota: 50%
Neon Genesis Evangelion # 23, 24 - Nota: 70%
Black Lagoon # 09 - Nota: 85%
Batman Deathblow - Nota: 80%

terça-feira, 24 de maio de 2011

HQs e Livros que Andei Lendo #09



HQs comentadas no vídeo:

John Constantine, Hellblazer: Cinzas e Pó na Cidade dos Anjos
Dororo Volume 2
Marvel + Aventura #1
DC + Aventura #1

domingo, 15 de maio de 2011

HQs e Livros que Andei Lendo #08


Na tentativa de coibir meu processo preguiçoso de deixar de lado o blog, juntei forças e pensando seriamente em como aliar minha vontade de tecer alguns comentários simplórios de HQs e livros que tenho lido e o meu tempo livre, optei por fazer vídeos simples. Espero que vocês sejam tolerantes.

Bleach #40
Claymore #13
Fairy Tail #6
Y, O Último Homem Vol.6
O Dia Mais Claro #0, 1
Lanterna Verde #31
O Cerco – Prólogo
Wolverine #76
Reinado Sombrio #13, 14, 15

sábado, 17 de julho de 2010

Ghost in the Shell

Editora: Dark Horse Comics
Roteiro: Masamune Shirow
Arte: Masamune Shirow
Arte Final: Masamune Shirow
Cores: Masamune Shirow
Letras originais: Masamune Shirow
Capas: Masamune Shirow
Tradução: Frederik Schodt, Toren Smith
Letras: Tom Orzechowski, Susie Lee
Edição: Peet Janes, Greg Vest, Marilee Hord
Preço: US$ 24.95, Canada $ 34.95
Lançamento: 1995

Como é?

"Ghost in the Shell" (GITS) é um mangá policial com influências cyberpunks. GITS narra as ações dos agentes de uma divisão policial, ou mais precisamente Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública, chamada seção 9, destacando-se a Major Motoko Kusanagi, em um Japão futurista, 2029 para ser mais exato.

E?

Esta compilação da Dark Horse Comics reúne as oito edições do primeiro arco de histórias, a princípio as histórias parecem ser desconexas, mas nas últimas histórias o enredo basicamente se concentra na caça de um cyber criminoso conhecido como Puppeteer (titeriteiro) cujo poder é invadir e controlar mentes humanas.

Se a história é muito boa, a arte de Masamune Shirow é melhor ainda, para não dizer impressionante, tanto arquitetura de prédios e paisagens quanto os desenhos de personagens, a colorização que ele utiliza é de extremo bom gosto, sempre dando destaque aos personagens femininos, mas o que realmente eu acho ótimo são as artes de veículos, máquinas e circuitos, com um infindável número de detalhes.

São tantos estes detalhes que Masamune Shirow procura explicar tudo, ou quase tudo, nesta edição que tenho em mãos. São aproximadamente 10 páginas recheadas de notas do autor, além de pequenas notas colocadas entre os quadrinhos. Mesmo sendo um mangá publicado no fim dos anos 80, tudo no mangá continua moderno.

Vale a pena?

Eu gostaria muito, mas muito mesmo que GITS fosse publicado em português, obra-prima, se o longa metragem baseado no mangá foi lançado por aqui há alguns anos porque não o mangá?

Não sei se venderia bem, pois é um mangá para leitores mais velhos, mas o nosso mercado carece de obras de Masamune Shirow. Se forem publicar, rezo para que peguem a versão japonesa, com as onomatopéias originais, a ordem de leitura original e as páginas hentai, sim, como é de conhecimento de todos os fãs de mangás, é comum as páginas de sexo serem limadas da edição norte-americana.

Nota: 99%

Seguem algumas cenas cortadas da edição norte-americana e vejam se o mangá merece ou não ser publicado por aqui?




Páginas que deveriam constar na edição compilada, entre as páginas 56 e 57.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

The Umbrella Academy: Suíte do Apocalipse

Título: The Umbrella Academy: Suíte do Apocalipse
Gênero: Ação, Drama
Editora: Devir Livraria
Editora Original: Dark Horse
Roteiro: Gerard Way
Arte: Gabriel Bá
Cores: Dave Stewart e Dan Jackson (em "Mon Dieu!")
Capista da Edição Encadernada: Gabriel Bá
Capista da Série: James Jean
Tradução e Revisão: Marquito Maia
Letras: Paulo Fortuna
Diagramador: Benson Chin
Editor: Leandro Luigi Del Manto
Editor Original: Scott Allie
Preço: R$ 34,00
Páginas: 192
Lançamento 1ª edição: Outubro de 2009

Como é?

Sem mais, nem menos, 43 crianças foram geradas em mulheres sem sinal algum de gravidez, do total (das que sobreviveram), sete foram adotadas por um homem, Sir Reginald Hargreeves, cujo intento era utilizar o poder destas crianças, por mais bizarro que fosse, na criação da Umbrella Academy.

E?

Escrita por Gerard Way, vocalista da banda emo My Chemical Romance e desenhada pelo brasileiro Gabriel Bá, temos aqui, um belo exemplo de uma ótima HQ de super-heróis. Esta edição encadernada publicada pela Devir corresponde aos números 1 a 6 de "The Umbrella Academy".

Os heróis são apresentados ainda crianças durante uma missão na França, os poderes de algumas delas já são mostrados. Tão logo findada a missão, a história dá um salto em alguns anos e mostra alguns membros já adultos. Cada membro da Umbrella Academy foi para um lado e a história conta o que aconteceu com alguns deles.

Alguns membros do grupo voltam a se reunir para o funeral de Sir Reginald Hargreeves, e visivelmente há certa tensão no ar em relação a atritos do passado envolvendo alguns dos heróis. Além de desenterrar muitos problemas, esta reunião trará sérios infortúnios a Umbrella Academy.

Vale a pena?

Vale sim, é uma ótima história, por enquanto não há um grande aprofundamento no psicológico dos personagens, sem dúvida, a história possui grande potencial, Gerard Way me surpreendeu e se mostrou um bom contador de histórias de super-heróis.

Gabriel Bá tem uma arte muito inspirada em Mike Mignola, aliás, Scott Allie, o editor original, no posfácio menciona muito o nome de Mike Mignola, gostei muito da arte. Gabriel Bá faz muitas referências durante a história ao fanzine que ele e seu irmão, Fábio Moon fizeram, "10 Pãezinhos".

A colorização de Dave Stewart é muito boa. A edição nacional ainda conta com artes conceituais de Gerard Way e Gabriel Bá além de duas histórias extras curtinhas, mas legais.

Nota: 95%

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

X-Men & Homem-Aranha #1 e #2

Título: X-Men & Homem-Aranha #1 e #2
Gênero: Ação
Editora: Panini Comics
Roteiro: Christos Cage
Arte: Mario Alberti
Capa: Mario Alberti
Editor Original: Stephen Wacker
Editor-Chefe Original: Joe Quesada
Tradução: Mario Luiz C. Barroso
Letras: Marcos Valério
Editor: Rogerio Saladino
Preço: R$ 6,50 cada edição
Páginas: aproximadamente 50 cada edição
Lançamento: #1 (Agosto/2009) #2 (Setembro/2009)

Como é?

Em quatro períodos distintos, temos o encontro dos X-Men com o Homem-Aranha, todos eles envolvidos em uma misteriosa trama traçada por ninguém menos que um velho inimigo dos mutantes.

E?

Para quem acompanha os X-Men e o Homem-Aranha é um bom refresco na memória, pois temos aqui pelo menos três importantes fases na vida dos X-Men e um período bastante complicado na vida do aracnídeo, refiro-me àquela papagaiada que foi o clone do "Cabeça de teia".

A história é interessante, lembram do Kraven? Aquele caçador meio pirado das histórias do Aranha? Pois é, ele tem um papel importante nesta minissérie, até o Carnificina dá as caras nesta minissérie.

A arte de Mario Alberti é bem bacana, lembra um pouco a arte do John Romita Jr. durante a década de 90, quando ele desenhava Justiceiro, Homem-Aranha e X-Men, por exemplo.

As edições estão bem impressas, papel couchê e na capa uma plastificação, só o preço é meio salgado. Como já faz um tempo que saiu e a história não é grandiosa, pode ser encontrada por preços mais módicos nos sebos da vida.

Vale a pena?

Olha, eu gostei, é uma aventura curta, dá para ler rapidamente, se você é das antigas, pelo menos da época em que X-Men saía nas páginas da "Superaventuras Marvel", a leitura será mais agradável, pois aí você lembrará, por exemplo, que Ororo Monroe morou com os Morlocks. Tendo em vista um monte de porcaria que tem saído em quadrinhos de super-herói, esta minissérie foi uma surpresa agradável.

Nota: 70%

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Mensageiro Banya #02

Título: O Mensageiro Banya #02
Gênero: Ação
Editora: Conrad Editora
Roteiro: Kim Young-Oh
Arte: Kim Young-Oh
Capa: Marcos R. Sacchi
Tradução: Jae HW
Letras: Ayala Jr.
Edição: Andréa Bruno
Arte: Paula Villanueva
Revisão: Naomi Yokoyama Edelbuttel
Preço: R$ 12,90
Páginas: 184
Lançamento: 2009

Como é?

A história do manhwa (história em quadrinho coreana) se concentra nas aventuras de Banya, um mensageiro que entrega suas encomendas custe o que custar.

E?

O manhwa é bem cômico. Nas histórias que poderiam ter uma dramaticidade maior, por conta do personagem Banya, as situações acabam se tornando engraçadas, lembrando um pouco "One Piece" e a primeira fase de "Dragon Ball".

A arte de Kim Young-Oh não é tão boa quanto em "Gui", mas ainda assim é eficiente. Nesta edição temos o encerramento da história da edição anterior, uma história fechada e o início de outra aventura que deixou aquela vontade de "saia logo Banya #03".

Vale a pena?

Se você gostou de Banya #01, esta edição é ainda melhor que a anterior. Novamente o vilão é o preço, mas eu acho que vale a pena dar uma conferida neste título se você gosta de histórias as quais envolvam ação e comédia.

Nota: 80%

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Gui #02 e #03

Título: Gui - O Guerreiro Fantasma #02 e #03
Gênero: Ação
Editora: Conrad Editora
Roteiro: Orebalgum
Arte: Kim Young-Oh
Capa: Marcos R. Sacchi
Tradução: Han Na Kim
Letras: Ayala Jr.
Edição: Vivian Miwa Matsushita
Arte: Evandro Pimentel e Paula Villanueva
Revisão: Naomi Yokoyama Edelbuttel
Preço: R$ 12,90
Páginas: #02 (182) e #03 (180, se eu contei certo)
Lançamento: #02 (Dez/2009) e #03 (Jan/2010)

Como é?

Estas edições continuam a narrar a jornada sangrenta de Musang atrás de um pessoal chamado Espíritos das Trevas. Aliás, fica a dúvida se Musang é ou não um Espírito das Trevas.

E?

As duas edições são muito bem desenhadas, Kim Young-Oh é um bom desenhista, apesar de desenhar os rostos de certos personagens com sutis diferenças.

Não gostei muito da aplicação de estampa em alguns personagens, quando muito aproximadas ficam bem distorcidas, vide p. 15 edição 02, por exemplo.

Com a introdução de alguns personagens a história tende a ficar perdida, espero sinceramente que não seja o caso de Gui, os acontecimentos estão fluindo muito bem, tudo para dar motivo a diversas páginas de luta e um derramamento de sangue sem fim.

Vale a pena?

Pessoalmente vale, apesar do preço salgado das edições, R$ 12,90 cada uma, a revista é gostosa de ler, aliás, de rápida leitura, pois une boa história e uma ótima arte. Os manhwas têm um papel de boa qualidade, uma ótima impressão e um ótimo acabamento.

Nota: 75%

domingo, 13 de dezembro de 2009

Gui - O Guerreiro Fantasma #01

Título: Gui - O Guerreiro Fantasma #01
Gênero: Ação
Editora: Conrad Editora
Roteiro: Orebalgum
Arte: Kim Young-Oh
Capa: Marcos R. Sacchi
Tradução: Han Na Kim
Letras: Ayala Jr.
Edição: Vivian Miwa Matsushita
Arte: Evandro Pimentel e Paula Villanueva
Revisão: Naomi Yokoyama Edelbuttel
Preço: R$ 12,90
Páginas: 184
Lançamento: 2009

"Gui - O Guerreiro Fantasma" sem dúvida é disparado o melhor manhwa se compararmos a "Dangu" e "O Mensageiro Banya". A história fala sobre Musang, um guerreiro cujo objetivo é matar todos os integrantes de um grupo denominado Espíritos das Trevas.

A princípio "Gui" lembra um pouco "Chonchu", alguns personagens parecem muito com personagens de outras obras, por exemplo, o fantoche que tem a insígnia do Guerreiro Fantasma que aparece nas primeiras páginas é idêntico ao Terceiro Kazekage da Vila da Areia ("Naruto").

Chun-Ho é muito parecido com Ulfasso ("Chonchu"), um capanga dele com garras é cópia descarada do Wolverine. O velho títere lembra o mordomo Walter de "Hellsing".

Apesar deste festival de clichês a história é boa, é interessante, pois lembra um pouco "Blade", guardadas as devidas proporções, Musang seria Manji e Yosanhwa seria Rin. A arte é excelente, os personagens são carismáticos, as cenas de ação são bem construídas, com enquadramentos de bom gosto, os cenários bem detalhados, enfim eu gostei muito.

Para finalizar, gostaria muito que a Conrad abaixasse o valor do manhwa, R$ 12,90 fica caro Conrad Editora!

Nota: 85%

Dangu #01

Título: Dangu #01
Gênero: Ação
Editora: Conrad Editora
Roteiro: Park Joong-Ki
Arte: Park Joong-Ki
Capa: Marcos R. Sacchi
Tradução: Jae HW
Letras: Ayala Jr.
Edição: Vivian Miwa Matsushita
Arte: Evandro Pimentel e Paula Villanueva
Revisão: Naomi Yokoyama Edelbuttel
Preço: R$ 12,90
Páginas: 208
Lançamento: 2009

Comparando "Dangu" a "O Mensageiro Banya" e "Gui - O Guerreiro Fantasma" este talvez seja o lançamento mais fraco dos três, mas não é ruim. O tema do manhwa remete ao xamanismo, sim, a religião que eu acreditava estar restrita aos índios é bastante praticada na Coréia.

A história se passa em Kugai, imagino que seja um local fictício na idade media, Yarang e Batu são dois guerreiros de Kugai e estão em uma missão cuja finalidade é investigar as ações de um sujeito chamado Argon, acredita-se que Argon deseja atacar Kugai.

A história começa a empolgar da metade para o fim, onde a trama começa a fazer algum sentido. A arte, em minha opinião é ruim, as cenas de ação são confusas, em alguns momentos não é possível entender o que está acontecendo.

Posso estar enganado, mas me pareceu que há alguma relação mais forte que transcende comandante e comandado entre Yarang e Batu. Seria uma relação homossexual? Não sei, mas parece.

Talvez em edições futuras, a arte e a história me empolguem mais. O preço do manhwa, R$ 12,90 é uma covardia, abaixa este preço Conrad!

Nota: 50%

Banya #01

Título: O Mensageiro Banya #01
Gênero: Ação
Editora: Conrad Editora
Roteiro: Kim Young-Oh
Arte: Kim Young-Oh
Capa: Marcos R. Sacchi
Tradução: Jae HW
Letras: Ayala Jr.
Edição: Andréa Bruno
Arte: Evandro Pimentel e Paula Villanueva
Revisão: Naomi Yokoyama Edelbuttel e Vivian Miwa Matsushita
Preço: R$ 12,90
Páginas: 184
Lançamento: 2009

A Conrad Editora, para quem não sabe, foi vendida para a IBEP-Companhia Editora Nacional e antes disso deixou de publicar uma série de quadrinhos, como "Battle Royale", "Monster" e "Sanctuary”.

Pois bem, ironicamente, a Conrad lançou três novos quadrinhos, manhwas para ser mais preciso, "O Mensageiro Banya", "Dangu" e "Gui - O Guerreiro Fantasma". E vou comentar sobre o "O Mensageiro Banya".

O período que a história se passa é incerto, acredito que seja na idade media, devido às guerras serem travadas com espadas e lanças. O local também é incerto, mas o deserto é predominante, com castelos medievais.

Nesse cenário de destruição, há sujeitos denominados mensageiros, cuja missão é entregar mensagens aos destinatários custe o que custar, arriscando constantemente suas vidas. O primeiro capítulo apresenta Banya. E os demais capítulos desta edição parecem ser o passado de Banya.

A história é boa, conseguiu prender a minha atenção e até me empolgou a comprar a próxima edição quando sair. A arte é muito boa, bem detalhada e fácil de entender o que acontece no quadrinho.

Um detalhe curioso é um verme de deserto gigante que aparece no manhwa e muito se assemelha às criaturas de "O Ataque dos Vermes Rastejantes", clássico filme estrelado por Kevin Bacon com os vermes gigantes do universo de "Duna".

O único porém deste manhwa é o preço, R$ 12,90. Eu sugeriria a Conrad a tirar o BOPP, a plastificação da capa, e utilizar um acabamento mais barato, um verniz quem sabe.

Nota: 80%

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Y: O Último Homem # 1

Editora: Panini Comics
Roteiro: Brian K. Vaughan
Arte: Pia Guerra
Arte Final: José Marzán Jr.
Cores: Pamela Rambo
Letras originais: Clem Robins
Capas: J.G. Jones
Tradução: Fábio Fernandes/FD
Letras: Daniel de Rosa
Edição: Fabiano Denardin e Bernardo Santana
Preço: R$ 16,90
Lançamento: Outubro/2009

Estou cansado de hqs de super-heróis, na verdade fiquei de saco cheio de "X-Men", "52 Semanas" etc, a maioria das comics estão um porre de se ler. Fora mangás que eu leio há um bom tempo, voltei a ler livros para aprender a escrever melhor, fazer melhores redações, essas coisas que eu já deveria ter aprendido quando saí da faculdade.

Pois bem, passando pela banca de jornal deparei-me com "Y: O Último Homem", Vertigo é legal pra baralho, sempre gostei das hqs da linha Vertigo, então comprei a hq e posso dizer que a história é muito interessante.

Imagine você, um dia do nada quase todos os seres do sexo masculino do mundo, eu disse do mundo, morrem repentinamente e só sobram fêmeas. Depois do pânico de alguns dias ou meses, pensar-se-ia que finalmente as mulheres do mundo iriam se unir para construir um mundo melhor e mais justo.

Ledo engano, as mulheres nesta realidade estão completamente perdidas, ou quase, viúvas querendo assumir os postos de seus falecidos maridos na política, fanáticas querendo tomar o controle da sociedade por meio da violência, guerrilheiras da Cisjordânia feministas etc, um verdadeiro pandemônio.

Neste mundo sem machos, bom, quase sem machos, porque na verdade restou o jovem Yorick e o seu macaco Ampersand. Nesta primeira edição que engloba as cinco primeiras edições de "Y", a história é basicamente Yorick querendo se encontrar com sua namoradinha que está na Austrália. Resumir a história somente a isto é um erro, contar mais é estragá-la.

A arte de "Y: O Último Homem" é de extremo bom gosto e em algumas partes simplesmente genial, como a última página dessa edição. Os desenhos de Pia Guerra me lembram muito a arte de Chris Bachalo em "Morte: O Preço da Vida".

O preço apesar de salgado é uma excelente pedida para quem gosta de uma ótima história aliada a uma ótima arte.

Nota: 93,42

domingo, 5 de julho de 2009

Abara (2 edições, Panini - 2009)

Abara é um destes mangás desconhecidos (para mim era desconhecido) que pintam na banca e podem passar despercebidos, deparando-me com ele, não pensei duas vezes e o comprei, arte fantástica, porém, confusa, história idem e curta.

Enfim, foram necessárias algumas (para não dizer inúmeras) leituras de trás pra frente (pois mangá é assim que se lê pô!) para capturar o maior número de detalhes e cheguei a conclusão de que apesar do mangá remeter a outras obras, tais como Gunm, Akira, Ghost in the Shell, até mesmo Genocyber, os elementos encontrados no mangá o tornam único. Ainda bem que de vez em quando surge algo diferente em meio à enxurrada de bankais e kuchiyose no jutsus.

A história é contada a partir do aparecimento de uma criatura chamada Gauna que se alimenta de pessoas fazendo delas de Toddynho. Existem dois tipos de Gaunas, os Brancos (malvados) e os Negros (bonzinhos). O aparecimento do Gauna Branco é um mistério, mais misterioso ainda é o aparecimento de um Gauna Negro que logo sai na mão com o Gauna Branco.

A partir daqui há alguns spoilers baseado no que eu entendi.


Personagens e Spoilers

Personagens mais relevantes à história, do meu ponto de vista:

Denji Kudou ou Denji Itou: É o Gauna Negro fruto da experiência da Daiyonkiren.

Tadohomi: Vigilante da Kegenryou que vai atrás de Kudou.

Sakijima: Agente que trabalha para a Keihyoubu (“departamento correcional”, algo como polícia).

Agente de nome desconhecido: trabalha com Sakijima na Keihyoubu que faz importantes descobertas sobre os Gaunas.

Nayuta: Gauna Negro, também fruto da experiência da Daiyonkiren. Não consegue se expressar bem, talvez por conta da bomba implantada em seu pescoço.

Ayuta: Irmã de Nayuta, ela mantém comunicação telepática entre a Daiyonkiren com Nayuta quando esta se transformar em Gauna.

Líder da Daiyonkiren e de tabela chefe da Kegenryou, nome desconhecido: Personagem misterioso que está por trás das experiências envolvendo Gaunas e detém o conhecimento sobre os Gousabyous.

Informante de nome desconhecido: Pesquisador que faz importantes revelações a respeito dos Gaunas para o agente da Keihyoubu.

Esqueleto de pássaro, tubo de metal ou concreto com pequenas pernas e andróide com cabeça de caveira, nomes deconhecidos: Funcionários da Daiyonkiren que sabem de muita coisa.

Shige: Parece ser a única pessoa com quem Kudou se importa.


Conforme dito acima, os Gaunas Brancos são criaturas que surgem a partir do próprio homem e se alimentam de pessoas até atingir um bom tamanho, a partir daí o Gauna se alimenta do Gousabyou (Mausoléu), que “é um dispositivo de lançamento de uma nave-esporo”.

Para evitar isso, a Daiyonkiren (“Aliança Quaternária”), conseguiu desenvolver larvas que implantados em pessoas, conseguem transforma-las em Gaunas Negros. Esses Gaunas Negros são humanos, mas podem se transformar em Gaunas conforme sua vontade, ao contrário do Gauna Branco que é uma criatura, aparentemente, irracional.

Os Gaunas são invisíveis aos olhos humanos, mas Gaunas Negros podem ser vistos quando estão se “desplacentando”. Gaunas possuem uma velocidade absurda e uma regeneração muito rápida também (chupa Wolverine), mesmo perdendo a cabeça. Gaunas brancos podem se fundir.

Denji Kudou e Nayuta são as pessoas que foram preparadas desde criança para se tornarem Gaunas Negros. Talvez Tadohomi e a irmã (gêmea?) de Nayuta, Ayuta, também estivessem sendo preparadas para serem Gaunas Negros, mas, Todohomi seguiu o caminho mais burocrático trabalhando para a Kegenryou (uma organização que atende diretamente a Daiyonkiren) como uma vigilante (kegenshi). E Ayuta, conforme visto no mangá, é paralítica, mas mantém contato telepático com Nayuta, o que reforça ainda mais a idéia de que são gêmeas. Essa idéia de irmãs com telepatia, uma sendo “monstro” e a outra paralítica remete a Genocyber.

Ao ser submetido à experiência de transformação em Gauna Negro, Denji Kudou se rebela e foge das mãos da Daiyonkiren e assume a identidade de Denji Itou, trabalhando em uma empresa de refinaria de óleo. Para evitar que o outro Gauna Negro existente se rebelasse, acabaram implantando uma espécie de bomba no pescoço de Nayuta, contrariou as ordens? Então BUM!

A história segue com muita porrada entre Gaunas Brancos e os dois Gaunas Negros, até o final da história que esse não conto.


Dúvidas

Quando eu disse que a história é curta, algumas coisas realmente não ficaram claras:

- Como Tadohomi perdeu o braço esquerdo?

- Há três personagens que trabalham para a Daiyonkiren, um esqueleto de pássaro, um tubo de metal ou concreto com pequenas pernas e um andróide com cabeça de caveira, carregam dois tubos com larva de Gauna Negro, será que as duas larvas eram destinadas para Ayuta e Tadohomi?

- A idéia que eu tenho que o Gauna Branco é um experimento da Daiyonkiren é reforçada com a imagem das costas do superior da Kegenryou, uma espécie de máscara que parece com a face de alguns Gaunas Brancos. E quando ele diz: “Bastava ignorar, pois a maioria dos Gaunas Brancos morre ainda na forma Larval. Nossa Intenção era esperar para ver o que acontecia.”


Montagem com algumas cenas da face encontrada nas costas do líder da Kegenryou e a face de alguns Gaunas Brancos. Coincidência?

- É impressão minha ou a face de Kudou em sua forma Gauna se parece muito com Vic Rattlehead (mascote da banda Megadeth)?


Eu acho os dois personagens parecidos.

Conclusão, excelente mangá de Tsutomu Nihei, pena ser curto. A edição 2 de Abara traz ainda um One-Shot chamado Digimortal.