Gran Torino (2008)

Clint Eastwood, em seus mais de setenta anos, mostra-se em seu novo filme porque é um excelente diretor e ator, esbanjando saúde e disposição. Em Gran Torino, vemos elementos diversos de seus filmes, de Dirty Harry a Menina de Ouro.

Em Gran Torino, o senhor Eastwood interpreta Walt Kowalski, um veterano de guerra rabugento que acabara de perder sua esposa e não possui uma relação íntima com seus filhos e consequentemente com seus netos.

A maioria de nós deve conhecer um senhor rabugento como o senhor Walt Kowalski, um senhor daqueles que respondem mal e falam alto, que é metódico e para ele, sua opinião é a única que conta, pois é justamente esse lado humano que Eastwood traz em seu personagem.

O bairro onde o senhor Kowalski mora há um número grande de imigrantes latinos e orientais, e por uma dessas casualidades da vida, o senhor Walt acaba por se envolver com a família Lor, seus vizinhos Hmongs, um povo que vive no sudoeste da Ásia, mais em específico no Vietnam, Laos, Tailândia e Myanmar.

O problema todo começa quando o jovem da família Lor, chamado Thao, começa a ser importunado por uma gangue Hmong que vive no bairro e para ele entrar na gangue, sua iniciação consiste em roubar o maior bem do senhor Kowalski, um Ford Gran Torino - daí o nome do filme - datado do ano de 1972.

É óbvio que o veículo não é roubado, mas, devido a este pequeno incidente, o jovem Thao e o senhor Walt começam a construir uma grande amizade, aliás, amizade esta que acaba por romper diversas barreiras preconceituosas do veterano de guerra, perante a igreja e à sociedade ao aceitar seus vizinhos orientais.

O filme é muito bom, um drama muito bem conduzido, sua duração de quase duas horas passam rapidamente, o elenco é formado basicamente de atores inexperientes, o ator mais conhecido ali sem dúvida é o senhor Clint Eastwood.

Não entendo o porque do filme não concorrer a Oscar algum este ano? Para quem gosta de carros, ver um Ford Gran Torino nas condições apresentadas no filme deve ser fascinante.

Trailer: