domingo, 22 de novembro de 2009

Ritual dos Sádicos / O Despertar da Besta

Ritual dos Sádicos / O Despertar da Besta (Brasil, 1970)
Duração: Aproximadamente 91 minutos
Gênero: Terror
Diretor: José Mojica Marins
Roteirista: José Mojica Marins, Rubens Francisco Luchetti
Elenco: José Mojica Marins, Ângelo Assunção, Ronaldo Beibe, Andreia Bryan, João Callegaro, Ozualdo Ribeiro Candeias, Maurice Capovila, José Carlos, Maria Cristina, Emília Duarte, Jaciara Ducena, Jairo Ferreira, Jandira Gabriel, Graveto, Sérgio Hingst.

No início do longa há uma série de cenas que envolvem fetichismo, sadismo, amor livre e até uma sutil referência à zoofilia, a maioria dos atos associados ao uso de entorpecentes, inclusive mostrando cenas de uso das drogas. Algumas cenas são explicadas por um psiquiatra.

O mesmo psiquiatra, a fim de realizar uma experiência para seu livro, utiliza LSD em quatro voluntários. Para conduzir a experiência, o pesquisador utiliza a imagem de Zé do Caixão e cada um dos quatro voluntários passa por uma viagem psicodélica diferente.

O filme foi censurado durante a ditadura, apesar de sofrer cortes continuou proibido e ficou inédito nos cinemas. O filme é praticamente todo em preto e branco, porém, nas imagens da mente dos voluntários, devido à droga alucinógena, o filme fica colorido, dando um efeito bem interessante.

Curiosamente, no filme foram inseridos trechos do programa "Quem tem medo da Verdade?", que foi ao ar entre 1968 a 1971 pela Record, onde o convidado é colocado como réu e o júri, composto por celebridades diversas julgam o convidado. No trecho inserido o convidado é José Mojica Marins e lá seu trabalho é julgado. No júri temos o narrador Sílvio Luiz, a atriz Consuelo Leandro e o compositor Adoniram Barbosa, como advogado de defeso do José Marins, temos Carlos Manga (diretor de algumas minisséries da Rede Globo).

O filme é de 1970, hoje, eu diria que o filme continua sendo atual, apesar de algumas drogas serem diferente, alguns valores sociais e o cenário político serem outros. Em minha opinião, José Mojica Marins, foi muito corajoso ao colocar no filme, muitos elementos que tornam o longa muito mais que um simples filme de terror, mas sim, primordialmente, uma crítica social.

Nota: 85,3%

2 comentários:

  1. Vc gostou mesmo, né?
    Hehehe

    Eu detestei. Com crítica ou sem crítica, cinema artesanal ou não, esse aqui foi um verdadeiro desastre, um verdadeiro teste da minha paciência.

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  2. Eu gosto de filmes com alguma mensagem, principalmente alguma crítica ou manifesto. Podendo ser até algo impensado por parte dos idealizadores.

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