quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

WE3 - Instinto de Sobrevivência [Resenha de HQ]


Fonte da imagem: Guia dos Quadrinhos

Raramente uma história em quadrinhos me surpreende, quando uma leitura é empolgante, no mais das vezes, o final vai de regular a decepcionante. Não é o caso de WE3 - Instinto de Sobrevivência, que quadrinho foda pra caralho! Uma história envolvente, repleta de ação e bastante emocionante. Se o argumento possui clichês, tudo é compensando com uma arte fabulosa e complexa.

WE3 conta a história da fuga de três animais: um cachorro, um gato e um coelho, de um laboratório de pesquisas militares. Como os bichos são extremamente letais, o exército não quer que essas poderosas armas saiam destruindo tudo por aí, daí se inicia uma perseguição desenfreada.

Fazendo um paralelo esdrúxulo, WE3 seria a versão violenta, aliás, extremamente violenta de Bidu - Caminhos, do selo Graphic MSP. Esdrúxulo, porque WE3 é originalmente de 2004, Bidu é deste ano. Na verdade essa comparação só me veio em mente no decorrer desta resenha, pois assim como o Bidu, cada bicho em WE3 possui uma personalidade, e apesar das falas - sim, os bichos falam, com limitações, mas falam -, mesmo se não houvesse diálogos, seria perfeitamente possível identificar como cada animal se sente, pois o artista conseguiu imprimir feições aos bichos, até mesmo ao coelho, que é uma porta em termos de sensibilidade, veja na vida real, a porra do coelho não esboça expressão alguma, só bate o pé. Fora esse paralelo, tem o lance da perseguição e da fuga, mas enfim, Bidu também é foda pra caralho e espero poder escrever algo sobre ele em breve, ou no ano que vem.

A história de WE3 ficou a cargo de Grant Morrison, que já escreveu uma caralhada de histórias boas, muitas delas publicadas em português Hu3Hu3BR, então posso arriscar a dizer que qualquer trabalho dele é no mínimo bom. A arte ficou a cargo do excelente Frank Quitely, do qual, que eu me recorde, só li Novos X-Men - coincidentemente o roteiro deste também é do senhor Morrison -, que fez uma arte sequencial tão primorosa, repleta de detalhes, uma pena que a edição que li não estivesse bem impressa por conta da impressão fora de registro, em algumas páginas, as notas de tradução são ilegíveis.

Se não me engano, WE3 ganhou prêmio Eisner - uma espécie de Oscar das hqs - de melhor letrista, infelizmente não pude conferir o bom trabalho realizado no original, com exceção de três páginas, cada uma iniciando um capítulo da história, um ótimo trabalho, porém insuficiente para que eu possa dar uma opinião melhor sobre o assunto.

Só sei que terminei de ler WE3 e voltei a folhear a revista do início ao fim só para ficar apreciando a arte, tentando captar o maior número de detalhes, e no dia seguinte - também conhecido como hoje - só fiquei pensando na hq, então, acredito que valha a pena conferir esta obra.

Aproveitando o ensejo, comprei a história em quadrinhos de meu amigo Kollision, que possui um sebo virtual, há muita coisa boa a ser vendida ainda, então para acessar seu site clique aqui.

História: 100%
Arte: 100%
Edição (Panini - dez/05): 70%
Nota final: 90%

4 comentários:

  1. Obrigado pelo merchan, mestre Jorge!
    E só tu mesmo pra amar o Frank Quitely assim.... Confesso que a arte dele em We3 ficou legal, adequada ao tema, mas pra mim nada vai aliviar a inhaca que ele aprontou desenhando X-Men.

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    1. Comparando as artes, achei que em X-Men ele não fez um traço tão realista, só ver o desenho do rosto da doutora que cuida dos animais em WE3, é bem humano mesmo, agora em X-Men os personagens ficaram um pouco estranhos, mas acostumei.

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  2. Respostas
    1. Obrigado pelo comentário amigo. Desculpa a falta de atualizações, pois estou mais ativo no Facebook e YouTube.

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