Fonte da imagem: IMDb
Ao assistir a nova versão de Robocop (2014), com direção de José Padilha, foi impossível não ficar relembrando o clássico de 1987, com direção de Paul Verhoeven, pois inúmeras são as referências. A primeira metade do filme é insuportável, pois apresenta o personagem a quem desconhece a versão original, e a segunda metade oscila entre o regular e o bom.
A discussão sobre a utilização de máquinas (robôs e drones) na segurança pública eu achei interessante, pois logo no início do longa-metragem há uma cena em que um ED-209 não consegue diferenciar uma arma letal na mão de um adulto e uma faca na mão de uma criança.
A fraqueza notável do prefeito de Detroit perante o presidente Raymond Sellars (Michael Keaton) da OmniCorp - aliás, pra mim não é porra nenhuma de OmniCorp, é OCP porra! - mostra a submissão que o político tem em relação ao empresário.
Em várias partes do filme há um embate entre um político mais conservador e o ganancioso empresário, seja pessoalmente ou por intermédio de um programa televisivo apresentado por Samuel L. Jackson, que representa um apresentador a favor do uso de máquinas e extremamente patriota.
Substituir a policial Lewis, no original loira, feia e baixinha, por um afrodescendente, feio também, e ter mudado o sexo do chefe de polícia em nada acrescentou a história, ao contrário da versão original, onde a policial tinha papel de destaque.
O que eu gostei: das apagadas atrizes Abbie Cornish, que faz a esposa de Alex Murphy (Joel Kinnaman); Jennifer Ehle, que interpreta a assistente de Raymond Sellars; e Aimee Garcia que faz a auxiliar do doutor Dennett Norton, interpretado pelo ator Gary Oldman. Aliás, as atuações de Michael Keaton, Gary Oldman e Samuel L. Jackson estão muito boas.
Hocus Pocus, clássico da banda Focus, em determinada parte do filme foi uma grata surpresa, apesar de não ter combinado muito com a cena.
O que eu não gostei: praticamente de todo o resto, a começar pelas armaduras do Robocop, os designs são bacanas, porém a armadura de 1987 é insuperável.
Joel Kinnaman pode ser um bom ator, não é o caso neste filme, mas não chega aos pés do carismático Peter Weller, o Alex Murphy da versão de 1987.
A ausência de um marcante vilão, na versão original havia pelo menos dois vilões carismáticos Clarence J. Boddicker (Kurtwood Smith) e o presidente da OCP, Dick Jones (Ronny Cox). Apesar da trama mais elaborada nesse reboot, um filme como esse precisa de um mega vilão foda!
A péssima utilização do tema de Basil Poledouris, só toca no início e nos créditos finais, vergonhoso, a música é épica demais para ser subaproveitada dessa maneira.
Enfim, apesar de ser um filme que almeja discutir os problemas da atualidade, esquece que um filme de ação hollywoodiano é apenas um filme de ação, podendo levantar questões sociais e políticas, mas em primeiro lugar vem a diversão, depois toda a questão moral e ética. Robocop bom é o de 1987.
Nota: 50%
A discussão sobre a utilização de máquinas (robôs e drones) na segurança pública eu achei interessante, pois logo no início do longa-metragem há uma cena em que um ED-209 não consegue diferenciar uma arma letal na mão de um adulto e uma faca na mão de uma criança.
A fraqueza notável do prefeito de Detroit perante o presidente Raymond Sellars (Michael Keaton) da OmniCorp - aliás, pra mim não é porra nenhuma de OmniCorp, é OCP porra! - mostra a submissão que o político tem em relação ao empresário.
Em várias partes do filme há um embate entre um político mais conservador e o ganancioso empresário, seja pessoalmente ou por intermédio de um programa televisivo apresentado por Samuel L. Jackson, que representa um apresentador a favor do uso de máquinas e extremamente patriota.
Substituir a policial Lewis, no original loira, feia e baixinha, por um afrodescendente, feio também, e ter mudado o sexo do chefe de polícia em nada acrescentou a história, ao contrário da versão original, onde a policial tinha papel de destaque.
O que eu gostei: das apagadas atrizes Abbie Cornish, que faz a esposa de Alex Murphy (Joel Kinnaman); Jennifer Ehle, que interpreta a assistente de Raymond Sellars; e Aimee Garcia que faz a auxiliar do doutor Dennett Norton, interpretado pelo ator Gary Oldman. Aliás, as atuações de Michael Keaton, Gary Oldman e Samuel L. Jackson estão muito boas.
Hocus Pocus, clássico da banda Focus, em determinada parte do filme foi uma grata surpresa, apesar de não ter combinado muito com a cena.
O que eu não gostei: praticamente de todo o resto, a começar pelas armaduras do Robocop, os designs são bacanas, porém a armadura de 1987 é insuperável.
Joel Kinnaman pode ser um bom ator, não é o caso neste filme, mas não chega aos pés do carismático Peter Weller, o Alex Murphy da versão de 1987.
A ausência de um marcante vilão, na versão original havia pelo menos dois vilões carismáticos Clarence J. Boddicker (Kurtwood Smith) e o presidente da OCP, Dick Jones (Ronny Cox). Apesar da trama mais elaborada nesse reboot, um filme como esse precisa de um mega vilão foda!
A péssima utilização do tema de Basil Poledouris, só toca no início e nos créditos finais, vergonhoso, a música é épica demais para ser subaproveitada dessa maneira.
Enfim, apesar de ser um filme que almeja discutir os problemas da atualidade, esquece que um filme de ação hollywoodiano é apenas um filme de ação, podendo levantar questões sociais e políticas, mas em primeiro lugar vem a diversão, depois toda a questão moral e ética. Robocop bom é o de 1987.
Nota: 50%
De fato, fez falta um vilão fodón e matador.
ResponderExcluirE fez estrago a censura PG-13.
Padilhón fez o que pôde.