domingo, 23 de novembro de 2014

Robocop - Resenha de Filme


Fonte da imagem: IMDb

Ao assistir a nova versão de Robocop (2014), com direção de José Padilha, foi impossível não ficar relembrando o clássico de 1987, com direção de Paul Verhoeven, pois inúmeras são as referências. A primeira metade do filme é insuportável, pois apresenta o personagem a quem desconhece a versão original, e a segunda metade oscila entre o regular e o bom.

A discussão sobre a utilização de máquinas (robôs e drones) na segurança pública eu achei interessante, pois logo no início do longa-metragem há uma cena em que um ED-209 não consegue diferenciar uma arma letal na mão de um adulto e uma faca na mão de uma criança.

A fraqueza notável do prefeito de Detroit perante o presidente Raymond Sellars (Michael Keaton) da OmniCorp - aliás, pra mim não é porra nenhuma de OmniCorp, é OCP porra! - mostra a submissão que o político tem em relação ao empresário.

Em várias partes do filme há um embate entre um político mais conservador e o ganancioso empresário, seja pessoalmente ou por intermédio de um programa televisivo apresentado por Samuel L. Jackson, que representa um apresentador a favor do uso de máquinas e extremamente patriota.

Substituir a policial Lewis, no original loira, feia e baixinha, por um afrodescendente, feio também, e ter mudado o sexo do chefe de polícia em nada acrescentou a história, ao contrário da versão original, onde a policial tinha papel de destaque.

O que eu gostei: das apagadas atrizes Abbie Cornish, que faz a esposa de Alex Murphy (Joel Kinnaman); Jennifer Ehle, que interpreta a assistente de Raymond Sellars; e Aimee Garcia que faz a auxiliar do doutor Dennett Norton, interpretado pelo ator Gary Oldman. Aliás, as atuações de Michael Keaton, Gary Oldman e Samuel L. Jackson estão muito boas.

Hocus Pocus, clássico da banda Focus, em determinada parte do filme foi uma grata surpresa, apesar de não ter combinado muito com a cena.

O que eu não gostei: praticamente de todo o resto, a começar pelas armaduras do Robocop, os designs são bacanas, porém a armadura de 1987 é insuperável.

Joel Kinnaman pode ser um bom ator, não é o caso neste filme, mas não chega aos pés do carismático Peter Weller, o Alex Murphy da versão de 1987.

A ausência de um marcante vilão, na versão original havia pelo menos dois vilões carismáticos Clarence J. Boddicker (Kurtwood Smith) e o presidente da OCP, Dick Jones (Ronny Cox). Apesar da trama mais elaborada nesse reboot, um filme como esse precisa de um mega vilão foda!

A péssima utilização do tema de Basil Poledouris, só toca no início e nos créditos finais, vergonhoso, a música é épica demais para ser subaproveitada dessa maneira.

Enfim, apesar de ser um filme que almeja discutir os problemas da atualidade, esquece que um filme de ação hollywoodiano é apenas um filme de ação, podendo levantar questões sociais e políticas, mas em primeiro lugar vem a diversão, depois toda a questão moral e ética. Robocop bom é o de 1987.

Nota: 50%

Capitão Phillips - Resenha de Filme


Fonte da imagem: Clickfilmes

O filme Capitão Phillips (Captain Phillips, 2013) pode ser dividido em duas partes bem distintas, a primeira contando a história da tripulação - sob o comando do Capitão Richard Phillips, interpretado por Tom Hanks - do navio cargueiro US-flagged MV Maersk Alabama até ele ser abordado por um pequeno bando de piratas somalis, e a segunda parte focado no bando de piratas e no Capitão Phillips.

Abordando um tema que estava com grande destaque na imprensa mundial, o diretor Paul Greengrass (A Supremacia Bourne, O Ultimato Bourne, Zona Verde) conseguiu realizar um filme que prende a atenção do telespectador usando um elenco com grande número de atores desconhecidos - este que vos escreve só conhece o ator Tom Hanks - e, relembrando os trabalhos anteriores do diretor, ele gosta muito de usar locações e militares reais - como já vistos em trabalhos anteriores - para tornar as cenas as mais reais possíveis, e devo admitir que estão perfeitas.

Havia eu falado sobre prender a atenção do telespectador, havia alguns momentos em que o longa metragem se aproximava de situações em que nada aconteceria e um tédio se apossaria de quem assistisse, diretor e roteirista - Billy Ray adaptando o livro escrito pelo Capitão Richard Phillips - bolaram algumas surpresas que tornam a reacender a atenção pela película.

Na segunda parte do filme, é perceptível o sofrimento causado pela falta de recursos: alimentares e médicos, e ainda o pequeno espaço claustrofóbico, tornando ainda mais desesperador o convívio entre as pessoas, mesmo entre os próprios criminosos que começaram a se estranhar.

O que eu gostei: da história, ainda mais por ser baseada em fatos reais. A atuação de Tom Hanks, principalmente na parte final do filme, extremamente convincente e comovente, é de arrepiar os cabelos dos braços. É admirável como o ator convence no papel de capitão de navio.

O que eu não gostei: a longa duração, apesar das surpresas já citadas, algumas cenas em que nada acontecem estão prolongadas com certo excesso.

Nota: 85%

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sega Mega Drive/Genesis: Collected Works

Sega Mega Drive/Genesis: Collected Works é um livro que é também uma baita surpresa - para não dizer foda demais -, pois engloba em muitos aspectos o clássico console da Sega: design do console, storyboard de jogos, ilustrações clássicas e sprites, vários deles.














Todas as imagens retiradas do site Read-Only Memory.

O livro pode ser encontrado em duas versões:

- Regular: Custa 35 libras, o frete 7 libras para o mundo. Tamanho de 21,6 X 26,7 cm, mais ou menos um tamanho de folha A4. Capa dura, 352 páginas e 8 páginas duplas!

- Special Edition: Acrescentando à edição regular, a especial inclui uma luva muito bonita feita artesanalmente, e também uma ilustração exclusiva de Sonic e Dr. Robotnik, feita por Naoto Ohshima, em um papel especial no tamanho de 19,8 X 25,0 cm. Esta edição custa 250 libras, o frete 25 e serão apenas 100 cópias.

Para adquirir a belíssima publicação, acesse aqui.

Fonte: RetroCollect

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Apocalipse - Resenha de filme


Fonte da imagem: AdoroCinema

O Apocalipse, título brasileiro de Left Behind (2014), é um filme catástrofe que lembra bastante os longa-metragens produzidos em grande escala nas décadas de 1980 e 1990. A trama começa com um desencontro entre a filha, vivida pela atriz Cassi Thomson, o pai, interpretado pelo ator Nicolas Cage. Logo no início já temos alguma ideia de que se trata de uma família desestruturada e adivinhe qual a causa minha gente? A culpada da desunião é a religião! Até rimou.

Por culpa do extremismo religioso da mãe, interpretada pela atriz Lea Thompson, a filha ficou revoltada e o pai resolveu procurar uma amante. Somos apresentados logo no início a um personagem que é um repórter investigativo, interpretado por Chad Michael Murray, que terá um papel "fundamental" na trama. Já que a beleza de Nicolas Cage já não é a mesma de outrora, aliás, nunca foi, então era preciso forçar a barra e inserir um bonitão na história.

Ah sim, a história começa num aeroporto, Nicolas Cage é um piloto de avião e para fugir da família com a amante resolve voar para Londres. E embarca na viagem o mala do tal repórter investigativo, ficando a filhinha coitadinha para trás.

Avião no ar, filha briga com a mãe e leva o irmão para dar um rolê (tradução: passeio) no Xopis (Shopping Center em idioma selvagem) e eis que acontece o impossível! Tem-se início O Apocalipse! Sim meus caros, num passe de mágica, milhares de pessoas somem instantaneamente e o caos é instaurado no mundo: bebês e crianças somem, alguns adultos, motoristas de carros dirigindo e apertem os cintos, o piloto sumiu! Não, não o Nicolas Cage, o outro coadjuvante cujo nome nem procurei no IMDB.

A partir daí são intermináveis os momentos de desespero e embromação, com alguns alívios cômicos por conta do ator Martin Klebba, que faz diversas piadas, todas desnecessárias verdade seja dita, desde a estatura do anão e até algum gracejo com religião. E nisso tome correria por parte da irmã que fica desesperada por conta do desaparecimento do irmão, eu já disse que ela tem um irmão não disse?! E assim vai até quase o encerramento da película.

O que eu gostei do filme foram das tetas gostosas da atriz Cassi Thomson, em diversas partes a câmera safadamente dava um discreto close no decote de sua camisa. Gostei também dos seios fartos da atriz Nicky Whelan que insistiam em desabotoar o uniforme de comissária de bordo (ôxi, que coisa feia, não é mais para chamá-las de aeromoças! Dublagem fail!) E da clone de Lady Gaga, Georgina Rawlings, que em dado momento fica em pé e a silhueta de seu belíssimo corpo é contornado por uma blusa cinza de tecido fino e delicado.

O que eu não gostei foi da trama, imagina, o filme todo é uma contradição, a começar pelo título nacional, nem ouvi as trombetas dos anjos, e olha que o som da sala de cinema estava bem alto. As imagens do avião voando pareciam de arquivo, pois não batiam com a qualidade de imagem das outras sequências. Muitos personagens sendo apresentados, de repente um surta e desaparece, não se cria um vínculo do personagem com o telespectador. Há destaque demais a personagem de Cassi Thomson, enfim, a salvação verdadeira está em não assistir ao filme.

Nota: 10%